sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ínicio do acardismo no Brasil

O Arcadismo por sua vez é uma corrente do Neoclassicismo . Inspira-se na vida da Arcádia (região pastoril da Grécial antiga).









Poetas Épicos Brasileiros :Claúdio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.









Claúdio Manoel da Costa









Atribuiu-se -lher o início do arcadismo no Brasil,com o livro de poesias OBRAS POÉTICAS (1768).Escreveu também o poema épico VILA RICA .seu nome árcade é Glauceste Satúrnio.




Poeta de transição ,dua obra traz compromisso entre o Barroco e o Arcadismo ,donde provém seu equilibrio neoclássico.Apesar da influência camoniana ,seus temas são quase sempre barrocos .Entretanto ,a perspectiva religiosa do homem barroco é substituída em Cláudio Manoel da Costa pela perspectiva do sofrimento.









Cultivou o soneto com maestria ,seguindo o modelo camoniano,onde aparecem temas de reflexão moral e sentimental ,além do pastorismo corrente .Em algumas de suas poesias a natureza braileira substitui a natureza arcádica.






Também conhecido pelo pseudônimo pastoral de Glauceste Satúrnio, nasceu em Mariana, Minas Gerais, e, depois de estudar no Brasil com os jesuitas, completou seus estudos em Coimbra, onde se formou advogado. Em Portugal, tomou contato com as renovações da cultura portuguesa empreendidas por Pombal e Verney. Ali também conheceu as novidades literárias trazidas pela Arcádia Lusitana.

De volta ao Brasil, Cláudio Manuel da Costa exerceu em Vila Rica a carreira de advogado e administrador. Sua carreira de escritor teve início com a publicação de Obras Poéticas. Em 1789, foi acusado de envolvimento na Inconfidência Mineira. Encontrado morto na prisão , a alegação oficial para a sua morte foi o suicídio.

Com ampla formação cultural, Cláudio liderou o grupo de escritores árcades mineiros e soube dar continuidade apesar das limitações da colônia, a tradição de poetas clássicos. Seus sonetos apresentam notável afinidade com a lírica de Camões.






Exemplo de Poema Lírico de Claúdio Manoel da costa









Nise? Nise? onde estás? Aonde esperaAchar-te uma alma que por ti suspira,Se quanto a vista se dilata e gira,Tanto mais de encontrar-te desespera!Ah! Se ao menos teu nome ouvir puderaEntre esta aura suave, que respira! Nise, cuido que diz; mas é mentira.Nise, cuido que ouvia; e tal não era.Grutas, troncos, penhascos de espessura,Se o meu bem, se a minha alma em vós se esconde,Mostrai, mostrai-me a sua formosura.Nem ao menos o eco me responde!Ah! como é certa a minha desventura!Nise? Nise? onde estás? aonde? aonde?












  • Tomás Antônio Gonzaga








Celebrou-se com as liras dedicadas á noiva Mario Seixas,que constituem o livro MARÍLIA DE DIRCEU .ela era Marília e ele próprio Dirceu.





O poeta Tomás Antônio Gonzaga, patrono da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, nasceu na cidade do Porto, em Portugal, a 11 de agosto de 1744 e faleceu na Ilha de Moçambique, onde cumprira pena de degredo, em fevereiro de 1810.
Era filho do brasileiro Dr. João Bernardo Gonzaga e de D. Tomásia Isabel Clark. Passou alguns anos da infância no Recife e na Bahia onde o pai servia na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal a fim de completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra na qual concluiu o curso de Direito aos 24 anos.
Depois de formado exerceu Gonzaga alguns cargos de natureza jurídica, já tendo advogado em várias causas na cidade do Porto. Candidatou-se a uma Cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando uma tese intitulada "Tratado de Direito Natural". Em 1778 foi nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte é indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (Ouro Preto), na Capitania de Minas Gerais.






Nestes momentos, as liras adquirem um caráter pré-romântico.




“ Eu tenho um coração maior que o mundo!
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração...,e basta
Onde tu mesma cabes;”

LIRA IV

“ Marília, teus olhos
são réus, e culpados
que sofra, e que beije
os ferros pesados
de injustos Senhor.
Marília, escuta
Um triste pastor.
Mal vi teu rosto,
O sangue geluo-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se
Das faces a cor.
Marília, escuta
Um triste pastor.”
Vanessa Carvalho 1 série A

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